Organizações Econômicas

Canais de Blocos Econômicos e Organizações Internacionias


ALCA

É a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), acordo proposto pelos Estados Unidos da América onde se criaria uma zona sem barreiras alfandegárias disseminando assim a entrada de produtos norte-americanos nas Américas Central e Sul.
Participariam desse acordo 34 nações americanas, com exceção de Cuba por ter divergências ideológicas com os Estados Unidos. O primeiro prega o socialismo e a soberania, já o segundo pratica o capitalismo.


O NAFTA

O Nafta (North America Free Trade Agreement), ou Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, foi criado em 1993, teve início a partir de um acordo estabelecido entre três países da América do Norte: Estados Unidos, México e Canadá. A partir desse acordo foi implantado o livre comércio entre as nações integrantes. Um dos principais motivos da criação desse bloco econômico foi fazer frente à União Europeia, tendo em vista que essa tem alcançado um grande êxito no cenário mundial.

APEC


A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) foi fundada em 1989 na Austrália, cujo principal objetivo é a criação de uma área de livre comércio entre os países membros e Hong Kong. Os integrantes da Apec são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Cingapura, Tailândia Vietnã e Estados Unidos, além de Taiwan (Formosa) e Hong Kong.

A Apec é o principal fórum que proporciona o crescimento econômico, a cooperação, o comércio e o investimento na região Ásia-Pacífico. As decisões nesse bloco são tomadas por consenso, a Apec não apresenta um tratado de obrigações para os seus participantes.

Um dos principais objetivos da Apec é a redução das tarifas e outras barreiras comerciais em toda a região Ásia-Pacífico, proporcionando eficientes economias nacionais e aumentando as exportações. Esse fato ajuda no crescimento econômico, gera empregos e oferece maiores oportunidades para o comércio internacional e a realização de novos investimentos.

Os países integrantes da Apec atualmente formam o grupo economicamente mais dinâmico do mundo, apresenta os maiores volumes de negócios do planeta. São responsáveis por cerca de 46% das exportações mundiais. Desde sua fundação até o ano de 2008, o comércio da Apec cresceu aproximadamente 395%, superando significativamente o resto do mundo. O Produto Interno Bruto do bloco triplicou nesse mesmo período. Outro fator economicamente importante da Apec é a aproximação dos Estados Unidos com o comércio dos países do Pacífico.

O crescimento econômico, a geração de novos postos de trabalho e a melhoria na qualidade de vida dos cidadãos da região, são os principais objetivos a serem alcançados pela atuação da Apec.

CAFTA


CAFTA (Acordo de Livre Comércio da América Central e República Dominicana) é a idealização de um novo bloco econômico de livre comércio entre os Estados Unidos e os países da América Central. Aprovado pelo Congresso Americano no ano de 2007, o bloco incluiria além dos EUA, Costa Rica, El Salvador, Nicarágua, Honduras, Guatemala e República Dominicana.

O CAFTA prevê a eliminação das medidas protecionistas e subsídios agrícolas de ambos os países, foi criado como um passo inicial para a implementação da ALCA (Acordo de Livre Comércio das Américas).

Comunidade Sul-Americana de Nações

A União de Nações Sul-Americanas conhecida também por UNASUL, que tempos atrás era chamada de Comunidade Sul-Americana de Nações, corresponde a uma integração econômica que visa a criação de uma extensa área de livre comércio.

Essa tem como objetivo integrar dois blocos econômicos, MERCOSUL e a Comunidade Andina de Nações com características semelhantes a empregada na União Européia, sua nomeação foi constituída a partir da declaração de Cuzco no Peru, realizada no ano de 2006.

A sede dessa instituição momentaneamente se encontra estabelecida em Quito e o banco na Venezuela, denominado de Banco do Sul.

No dia 8 de dezembro de 2004, aconteceu o terceiro encontro do grupo, momento em que doze líderes aderiram à Declaração de Cuzco, além do Panamá e o México que participaram como ouvintes.

A primeira reunião dessa instituição ocorreu nos dias 29 e 30 de setembro de 2005, no Brasil, no ano seguinte aconteceu o segundo encontro, dessa vez na cidade boliviana de Cochabamba no dia 08 de dezembro de 2006 e a última se realizou na Colômbia, na cidade de Cartagena das Índias, no ano de 2007.

G20 ( financeiro )

O Grupo dos 20 foi criado em 1999 objetivando o fortalecimento da economia mundial, promovendo o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável em escala global. Sua criação ocorreu no final da década de 1990, que foi marcada pela instabilidade econômica e várias crises financeiras, principalmente na Ásia, México e na Rússia.

A formação desse grupo despertou nos países ricos o reconhecimento da importância dos países em desenvolvimento para a construção de uma economia mundial sólida, pois, em razão da instabilidade do mercado, a participação desses países se torna de extrema importância.
O G 20 é um grupo financeiro composto por Ministros da área econômica e presidentes dos bancos centrais de 19 países: os que formam o G8 e ainda 11 emergentes. Fazem parte do G8: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia. Os outros países membros do G20 são: Brasil, Argentina, México, China, Índia, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul e Turquia. A União Europeia, em bloco, é o membro de número 20, representado pelo Banco Central Europeu e pela presidência rotativa do Conselho Europeu. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, assim como os Comitês Monetário e Financeiro Internacional e de Desenvolvimento, por meio de seus representantes, também participam das reuniões do G 20.

OMC

A partir do crescimento de transações comercias em nível mundial e do intenso processo de globalização de capitais, mercadorias e da própria produção, que são itens ligados diretamente à dependência dos países, sobretudo, dos pobres em relação aos ricos, surge a necessidade da criação de organismos internacionais e órgãos financeiros que possam regular as disparidades econômicas e comerciais existentes no mundo.

Apesar de todos os países às vezes agirem em pleno consentimento ou em conjunto, sempre os desenvolvidos conseguem exercer pressão sobre aqueles de menor desenvolvimento, sobressaindo conforme seus interesses, essa diferença é extremamente elástica.

Diante desses fatores, se torna relevante a implantação de uma organização que avalie as relações comerciais e que possa zelar pelo interesse de países que sofrem pressões e que em vários casos ficam prejudicados.

Com objetivo de tentar amenizar o processo, a OMC (Organização Mundial do Comércio) ocupa um lugar de destaque no cenário mundial, no mesmo patamar que se encontra importantes órgãos financeiros internacionais como o FMI e o Banco Mundial. A OMC está sediada na cidade de Genebra na Suíça, a organização foi criada em 1995.

No ano de 2000 a OMC era integrada por 142 países, o órgão tem como finalidade impor regras e normas para estabelecer um entendimento entre os países e as instituições internacionais que atuam no campo econômico.

Antes da instauração da OMC, existia o GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio) que foi implantado a partir de 1947 para estabelecer o livre comércio, no entanto, não havia uma consideração em relação as disparidades existentes entre os países, dessa forma, todos os tributos de exportação e importação eram iguais, com isso as economias fragilizadas nem sempre conseguiam prosperar economicamente.

As maiores dificuldades que a Organização Mundial do Comércio encontra estão relacionadas ao protecionismo, como as que ocorrem na França, que taxou todos os produtos agropecuários, a inserção de tributos impede a entrada de mercadorias dessa natureza, oriundos de outros lugares, com essa atitude o governo visa proteger os seus produtores.

SADC


A Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento (SADC) foi criada em 1992. Esse bloco é composto por 15 países (África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia, e Zimbábue). Sua sede está localizada em Gaborone, Botsuana.

O principal objetivo da Comunidade da África para o Desenvolvimento é estabelecer a paz e a segurança na região. Através da integração desses países, pretende-se alcançar o desenvolvimento econômico, desenvolver políticas comuns, proporcionar a consolidação dos laços históricos, sociais e culturais entre os povos da região.

A SADC é uma comunidade regional que busca garantir para sua população o bem estar econômico, melhorias da qualidade de vida, liberdade, justiça social, paz e segurança. Todos esses aspectos serão obtidos mediante a cooperação entre os países membros.

A região busca o desenvolvimento econômico através de fatores como a exploração dos recursos naturais, grande potencial energético (petróleo, carvão, biomassa, energia solar, energia eólica), infraestrutura, além da vasta população, proporcionando mão de obra e mercado consumidor

Em busca da criação de um mercado comum, a Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento está desenvolvendo projetos como: União Aduaneira (UA), que será desenvolvida em 2010; o Mercado Comum (MC), para 2015; União Monetária (MU), para 2016; e a implantação de uma moeda única em 2018.

UNASUL

Unasul (União de Nações Sul-Americanas) é uma organização supranacional baseada no modelo da União Européia, formada por Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela; México e Panamá também integram a Unasul, porém na condição de observadores.
A organização é fruto do desejo de aprofundamento das relações regionais entre os países da América do Sul iniciado há oito anos atrás, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso propôs uma reunião entre diversos presidentes sul-americanos e expressou a idéia de união no subcontinente. As bases necessárias para a criação da Unasul foram construídas em 8 de dezembro de 2004 na Declaração de Cuzco, a qual pregava a necessidade de integração entre as nações sul-americanas.
Em longo prazo, o objetivo da criação da organização é se transformar em uma área de livre-comércio, unindo o Mercosul e a Comunidade Andina de Nações (CAN); e construir uma cidadania sul-americana. Embora seja algo bem mais difícil, existe a intenção de criação de uma moeda, passaporte e um parlamento comum entre os países-membros.
No dia 23 de maio de 2008 foi assinado o documento que oficialmente criou a União das Nações Sul-americanas e estabelece as principais diretrizes de funcionamento na nova instituição. Juntas, as nações participantes da organização totalizam um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$ 1,229 bilhão e uma população de mais de 376 milhões de pessoas

ASEAN


Criada em 8 de agosto de 1967, a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) surgiu de um acordo entre Cingapura, Indonésia, Filipinas, Malásia e Tailândia, para assegurar o desenvolvimento econômico e a estabilidade política da região. Atualmente, os países integrantes da ASEAN são: Brunei Darussalam, Camboja, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia e Vietnã.

Os principais objetivos dessa associação são: acelerar o crescimento econômico, progresso social e desenvolvimento cultural na região e promover a paz e a estabilidade através do respeito e justiça entre os países integrantes.

Os países membros da ASEAN adotaram durante a conferência de 1976 o Tratado de Amizade e Cooperação, que apresenta os seguintes princípios fundamentais: o respeito mútuo pela independência, soberania, igualdade, integridade territorial, identidade nacional; o direito de cada Estado para conduzir a sua existência nacional, livre de interferências externas; não ingerência nos assuntos internos de outro país; a renúncia à ameaça ou uso da força; cooperação eficaz entre si

Caricom


O Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom) foi criado no dia 4 de julho de 1973, como um bloco de cooperação econômica e política. Atualmente os países membros são: Antigua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trinidad e Tobago. Em 1998, Cuba foi aceita no grupo como país observador
O Caricom é composto por países ex-colônias europeias, que após terem adquirido a independência viram a necessidade de uma união entre si para superar problemas econômicos e sociais. Busca-se, com a união desses países, acelerar o processo de desenvolvimento econômico e social.

Através da formação desse bloco, os países membros, em comum acordo, objetivam o livre comércio na região, proporcionar a circulação do trabalho e capital, coordenar a agricultura e a indústria.

Em 1999, foi criado um acordo de livre comércio para a redução de tarifas entre os países do Caricom. No entanto, as tarifas continuam elevadas, com uma média de 15%, índice considerado alto pela OMC (Organização Mundial do Comércio). No ano 2000, Cuba e República Dominicana foram inseridas nos acordos de livre comércio com o bloco.

O Caricom é um bloco que, além de questões econômicas, aborda aspectos como política externa, e desenvolve projetos comuns nas áreas de saúde, meio ambiente, educação e comunicação.

Atualmente o bloco tem uma população de, aproximadamente, 14,6 milhões de habitantes, o PIB (Produto Interno Bruto) é de US$ 28,1 bilhões.


G20 PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO

O G 20 foi criado no dia 20 de agosto de 2003, na preparação para a V Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC). É um grupo composto por países em desenvolvimento, cujo objetivo principal é a elaboração de projetos para a atividade econômica agrícola, o principal tema da Agenda de Desenvolvimento de Doha.

É importante citar a existência de outro grupo denominado G 20, que une países desenvolvidos e outros em desenvolvimento para discutir sobre economia. Ele é chamado de G20 financeiro, diferentemente desse grupo que é formado apenas por países em desenvolvimento, cujo tema principal é a agricultura.

O G 20 possui, atualmente, 23 países membros de diferentes continentes, são: 5 países da África (África do Sul, Egito, Nigéria, Tanzânia e Zimbábue), 6 da Ásia (China, Filipinas, Índia, Indonésia, Paquistão e Tailândia) e 12 da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela).

O grupo foi criado para tratar dos interesses em agricultura, que são comuns à maioria dos países em desenvolvimento, no que se refere à eliminação de práticas que distorcem o comércio e a produção agrícola; a busca de aumento substancial de acesso a mercados; e desenvolvimento rural, segurança alimentar e necessidades de subsistência dos agricultores nesses países.

O G 20 realiza diversas reuniões entre os representantes de cada nação, onde o tema central são as negociações sobre a agricultura. Esse grupo consolidou-se como interlocutor essencial e reconhecido nas negociações agrícolas. Os principais motivos que fazem desse grupo tão importante são: a participação dos seus membros na produção e consumo de produtos agrícolas; sua população é de aproximadamente 60% da população mundial; possui cerca de 70% da população rural do globo; é responsável por mais de 26% das exportações agrícolas mundiais.
A união desses países fortalece a atuação em busca do desenvolvimento econômico, proporcionando maior interação do grupo com outras organizações da OMC.

Na busca da construção de um sistema de comércio multilateral agrícola mais justo, o G 20 busca integrar plenamente a agricultura em um sistema multilateral de comércio justo e baseado em regras, e conciliar interesses agrícolas divergentes entre os países membros do próprio grupo, buscado sempre negociações justas em que todos sejam beneficiados.


OPEP


A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) foi criada na Conferência de Bagdá no dia 14 de setembro de 1960. É uma organização intergovernamental permanente, objetivando administrar de forma centralizada a política petroleira dos países membros. A sede da Organização dos Países Exportadores de Petróleo entre 1960-1965 foi em Genebra, na Suíça, no entanto, foi transferida para Viena, na Áustria, em 1º de Setembro de 1965.

Os primeiros países membros da Opep foram: Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela. Posteriormente outros países integraram a Opep: Catar (1961); Indonésia (1962) - que suspendeu a sua adesão em janeiro de 2009, Líbia (1962), Emirados Árabes Unidos (1967), Argélia (1969), Nigéria (1971), Equador (1973) - que suspendeu a sua adesão de dezembro de 1992 a Outubro de 2007, Angola (2007) e Gabão (1975-1994).
A Opep atua como cartel dos principais exportadores de petróleo, controlando o volume de produção, com o objetivo de alcançar os melhores preços no mercado mundial. É responsável por desenvolver estratégias geopolíticas na produção e exportação do petróleo, além de controlar os valores nas vendas do produto.

Atualmente, os países membros da OPEP possuem aproximadamente 75% das reservas mundiais de petróleo, sendo responsável pelo abastecimento de 40% do mercado mundial.

A formação da Opep promove a valorização do petróleo, proporcionando maior lucratividade para os países membros. Esse fato ocorre em razão da manipulação da produção, pois são estabelecidas cotas de produção, diminuindo a oferta, consequentemente, há a elevação dos preços.

Com a descoberta da camada pré-sal no Brasil, a produção de petróleo poderá triplicar. Caso sejam confirmadas essas estimativas, o país estudará uma possível solicitação de participação na Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Tigres Asiáticos

A expressão Tigres Asiáticos é usada para se referir ao bloco econômico formado por Hong Kong, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan (Formosa). A denominação de “tigre” é dada em referência à agressividade destas economias, que na década de 60 eram relativamente pobres e possuíam certos indicadores sociais semelhantes aos de países africanos. A partir da década de 80, o perfil econômico dos Tigres Asiáticos começou a mudar significativamente; desta forma, passaram a apresentar grandes taxas de crescimento e uma rápida industrialização.

Nesse período, adotaram uma série de medidas que foram responsáveis por proporcionar esse desenvolvimento econômico. Em síntese, podemos dizer que as mesmas tiveram como foco, o mercado externo. Os Tigres Asiáticos passaram a produzir toda espécie de produtos para as nações desenvolvidas, assumindo um caráter totalmente exportador. Além disso, em virtude da sua grande oferta de mão de obra barata, aliada ao fator da preocupação das potências mundiais em relação à bipolaridade no contexto da Guerra Fria, atraíram uma enorme quantidade de investimentos externos.

Os Tigres Asiáticos apresentaram notório crescimento em virtude da realização de uma eficiente reforma agrária, a qual foi capaz de promover o direito de propriedade e a igualdade entre os trabalhadores rurais, além de oferecer subsídios à agricultura. Para corresponder aos interesses dos investidores externos, procuraram investir pesado em seus sistemas educacionais, uma vez que era necessário qualificar sua mão de obra. Outro elemento que reflete bem as suas posturas exclusivamente exportadoras é a inibição do consumo interno por meio de altas tarifas governamentais.

As críticas em relação à esses modelos se concentram justamente no caráter exportador adotado, uma vez que isso faz com que tais economias se tornem extremamente dependentes da saúde econômica dos países compradores dos produtos exportados.

União Européia

Depois de terminada a Segunda Guerra Mundial, a Europa se encontrava praticamente devastada, então alguns países como Países Baixos (Holanda), Bélgica, Luxemburgo, em razão das condições econômicas fragilizadas provenientes da guerra e diante da impossibilidade de reconstrução independente, resolveram se agrupar para se fortalecer e retomar o crescimento novamente.

Essa união foi iniciada em 1944, mas consolidou efetivamente no ano de 1948, com o nome de Benelux, essa denominação é proveniente dos três países que compõem essa união (Bélgica, Holanda e Luxemburgo). A união tinha como objetivo criar incentivos tributários e aduaneiros entre os componentes do grupo, e posteriormente um incremento nas relações comerciais.

Em 1950 foi elaborado o Plano Schuman com objetivo de criar um mercado comum, no primeiro momento o plano se limitou à homogeneização da produção de aço e carvão na Alemanha e França, com possibilidades de abranger, dentro desse processo, outros países do continente europeu.

Para instaurar a união na produção da indústria de base na Europa, no ano de 1951, foi criada a CECA (Comunidade Européia do Carvão e do Aço), essa instituição foi proveniente do Tratado de Paris, os países que faziam parte eram Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo.

O sucesso concreto do Benelux e da CECA deu origem ao Mercado Comum Europeu, chamado também de Comunidade Econômica Européia, por meio do Tratado de Roma em 1957, nesse período, França, Alemanha e Itália ingressaram para estabelecer uma flexibilidade na livre circulação de mercadorias entre os membros. Outro motivo da criação era o anseio de superar a hegemonia norte-americana e soviética, que representava as maiores potências da época.

Mais tarde, em 1991, foi assinado o Tratado de Maastricht, no entanto, só teve início realmente em 1993, agora com um novo nome: União Européia (UE). Dessa forma os países que compõe o bloco econômico são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Holanda, França, Itália, Reino Unido, Irlanda, Luxemburgo, Espanha, Grécia, Portugal, Suécia e Finlândia.

A efetivação da UE estabeleceu também a circulação de uma moeda única nos países que compõe o bloco que entrou em vigor em 1o de janeiro de 2002, além da implantação de taxas de juros e carga tributária comum a todos integrantes. Nem todos os participantes do bloco aceitaram substituir suas moedas nacionais pelo Euro, como Reino Unido, Suécia e Dinamarca. O processo para conceber uma moeda única no bloco, foi impulsionado pela criação do Banco Central Europeu com a intenção de coibir a inflação e administrar a área econômica dos países membros.

Na UE existem organismos supranacionais que desenvolvem medidas em diferentes seguimentos entre eles meio-ambiente, desenvolvimento industrial, infra-estrutura, transporte e telecomunicação. Além da liberdade na circulação de mercadorias, bens, serviços, capitais e pessoas. A uniformidade das taxas de juros, tributos e circulação de mercadorias facilitaram o crescimento econômico desse importante bloco.

Devido à solidez alcançada pela UE, o bloco não descarta a possibilidade de outros países o integrarem. Porém para que um país seja aceito na UE é preciso que atinja os pré-requisitos estabelecidos pelo bloco no campo político, econômico e social.

A partir de dezembro de 1999 ficou definido que outras nações Européias iriam integrar o bloco passando a ser composto por 27 países, mas os novos integrantes serão efetivados, caso seja aceitos a partir de 2003, são eles: Turquia, Polônia, Hungria, Chipre, República Tcheca, Eslovênia.

Quando o bloco estiver totalmente completo o volume de capital vai atingir níveis aproximados de 500 bilhões de dólares, isso mostra a potencialidade do mais importante bloco econômico do mundo e o único que ameaça a hegemonia norte-americana.

Dentre eles alguns são grandes e outros são menores, mas não menos importantes. É o caso do Mercosul, Pacto de Andino, Aladi etc.

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